A descida da cabeça do bebê termina com a coroação, quando o topo da cabeça aparece do lado de fora. Esta parte do canal de parto é a que tem os músculos mais fortes, e às vezes a mulher tende a contrair esses músculos por causa da dor que está sentindo. Isso dificulta a passagem do bebê, aumenta a dor e as chances de lacerações. A mulher deve tentar relaxar ao máximo a vagina durante a passagem do bebê. Uma boa têcnica é falaAAAAAAAAAAAA!, pois, ao relaxar a garganta, a mulher relaxa também a vagina. O estado de relaxamento da boca e a mandíbula está diretamente relacionado à habilidade do cérvix, da vagina e do ânus para se abrirem completamente. É quase impossível parir com eficácia com os lábios apertados e a garganta fechada. Pode tentar fazê-lo agora mesmo… quando relaxa a mandíbula, abre a boca e a garganta, as nádegas se relaxam automaticamente e você se afunda na cadeira. Ina May fala dos benefícios dos beijos, e de manter a boca e os lábios soltos e abertos. Beijar também provoca a secreção de ocitocina e outros hormônios do amor que elevam a tolerância à dor e aceleram o parto.
Caminhe ao redor do quarto ou sente-se em uma bola de pilates e incline o quadril para frente e para trás para aplicar uma pressão suave à pélvis. Ambos os movimentos podem aliviar a dor do parto.
RESPIRAÇÃO: Ao se concentrar na respiração você pode aliviar as dores do parto. A primeira e mais importante dica, é a respiração lenta e profunda. Ela acalma, relaxa, e faz com que a mulher tenha consciência da contração. Orientá-la a ir junto com a contração, não contra ela. Como uma onda que vai e vem, se entregue, relaxe, respire! Quando vir a contração, pare, respire fundo, rebole. Apoiada no seu parceiro, ou fisioterapeuta, ou doula, ou quem estiver ao seu lado. Algumas até preferem ficar de cócoras.
• Sentada na bola. Os movimentos circulares na bola, também auxiliam no alivio da dor, e no encaixe do bebê. Faça movimentos circulares de um lado e depois de outro. Desenhe mentalmente uma meia lua, ou também o número 8. Repita quantas vezes quiser. A bola também pode ir para debaixo do chuveiro, é uma delicia fazer esses movimentos debaixo da água quentinha.
• Posição de meditação. Sentada, com as pernas cruzadas. Ótima para se concentrar na respiração. Aproveite e acaricie a barriga, converse com o bebê, visualize seu lindo parto. Com uma música de sua preferência ao fundo, também vai ajudar a relaxar.
Hipnoparto -. No livro do médico Grantly Dick- Read, Parto Sem Medo, o pesquisador britânico concluiu que o medo e a tensão são responsáveis por 95% das dores do parto, que poderiam ser eliminadas com técnicas de relaxamento profundo.
A noção da perda do medo é o fator crucial na aplicação de hipnose obstétrica. O medo ativa o sistema nervoso que produz adrenalina tendo como conseqüência que o colo do útero fica apertado (para evitar que o bebe nasce onde ele não estiver em segurança). O nível aumentado de adrenalina neutraliza a oxitocina, o hormônio responsável pela estimulação de contração do útero e das endorfinas, provocando a desaceleração (e às vezes até a parada) do processo de parto.
Uma das formas de se conseguir um estado relaxado do corpo e da mente é a salivação. Quando o corpo da mulher em trabalho de parto recebe o sinal de que contrações vão começar, ela pode escolher entre adotar o padrão do reflexo de partida (o habitual) ou direcionar-se: em primeiro lugar, ela pode pensar em esboçar um sorriso e assim permitir que a boca se torne molhada. Isto pode lembrar as instruções de FM Alexander na pratica do AH sussurrado (procedimento de vocalização normalmente utilizado no ensino da Técnica Alexander), que é pensar sobre algo engraçado. Um sorriso ou simplesmente o pensamento de um sorriso relaxa a tensão da mandíbula e da face; isto solta a pressão sobre as glândulas salivares e faz com que elas secretem. Esta é uma medida preventiva, assim a boca não se torna seca. Note-se que a boca seca é um dos sintomas da reação de pânico ou do desespero.
Como já mencionei, o modo em que o corpo reage à dor é muito parecido com aquele que ocorre durante o estado de pânico ou desespero, ocorrendo os mesmos sintomas fisiológicos tais como: boca seca, palpitação, tremores e ansiedade. Pela salivação, nós quebramos essa cadeia de sintomas, o cérebro recebe a mensagem de que tudo está bem, sem necessidade da ansiedade. Esta é uma forma indireta para podemos controlar secreção hormonal. Se, na hora da contração ou mesmo um lapso de segundos antes, a mãe permite que sua boca fique molhada, respira o “ahhh....” sussurrado e começa o movimento da pêra (o monkey dinâmico), toda sua atenção é direcionada para o movimento.
A primeira coisa é a respiração: durante as contrações, o mais importante é se concentrar na respiração. É ela que leva oxigênio para o neném, e quanto mais oxigênio o útero recebe, mais rápido as contrações melhorarão. Nesses momentos, a grávida deve respirar lentamente pelo nariz e soltar pela boca, enchendo fundo o peito de ar, e soltando lentamente. Se der tontura, é porque a respiração está muito rápida e ,portanto, você deve respirar mais devagar ainda.
As melhores posições para a gestante durante o trabalho de parto são aquelas que abrem a bacia, facilitando a descida do neném pelo canal de parto: com as pernas bem abertas, e o tronco inclinado para frente.